Inflação pressiona Trump a reduzir tarifas sobre café e carne bovina

A redução nas tarifas dos Estados Unidos sobre café, carne bovina, frutas, entre outros produtos agrícolas, vem no momento em que o presidente Donald Trump enfrenta pressão de eleitores para cortar preços de produtos do dia a dia.

A Casa Branca justificou a decisão alegando que esses bens não podem ser produzidos em quantidade suficiente nos Estados Unidos para atender à demanda doméstica.

A ordem executiva de Trump corta as chamadas “tarifas recíprocas” que foram anunciadas em abril contra uma série de países, no chamado “Dia da Libertação”.

Entre outros exportadores de commodities, as medidas devem beneficiar o Brasil, maior produtor global de café e segundo maior produtor de carne bovina, atrás apenas dos Estados Unidos.

No caso brasileiro, o corte derruba uma tarifa adicional de 10%. Porém, segue em vigor outra taxação, de 40%, iniciada em agosto e que afeta cerca de metade da balança comercial entre os dois países, incluindo café, carne e frutas.

Trump já havia adiantado que reduziria tarifas sobre o café, e também irritado ruralistas americanos ao quadruplicar a cota de importação de carne da Argentina.

De janeiro deste ano, quando o republicano reassumiu a Presidência dos Estads Unidos, até setembro, o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos registrou uma alta de 1,4% no preço dos alimentos.

Porém, há itens que subiram cerca de dez vezes esse valor, como o café (15,3%), a carne moída (14,2%) e bananas (7,9%).

“É um recuo muito mais por aspectos domésticos do que fruto de uma barganha de países produtores“, avalia Vinícius Rodrigues Vieira, professor de Economia da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) e de Relações Internacionais da FGV (Fundação Getulio Vargas), ao WW.

* Com informações da CNN Internacional

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