Uma mesa com maços de dinheiro com notas de R$ 100 foi usada pela PF (Polícia Federal) para contabilizar todo o montante apreendido na casa do executivo do Banco Master Augusto Lima nesta esta terça-feira (18).
O ex-CEO do banco foi preso preventivamente pela PF na Operação Compliance Zero, que apura a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional.
O dinheiro apreendido passará por perícia e nesse período ficará à disposição da Justiça.
Após seis horas de contagem, a PF afirma que o valor chegou a R$ 1,7 milhão em espécie.
Além do dinheiro, a PF apreendeu com outros alvos obras de arte e carros de luxo. A Justiça ainda bloqueou R$ 12,2 bilhões das contas dos investigados e do banco.
Nessa mesma operação, o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso. A prisão dele foi no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, quando ele iria embarcar para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Em nota, o Master afirma que o banqueiro constituiu uma equipe de advogados que cuidarão de sua defesa.
“No mesmo dia, advogados, por ele e pelo Banco Master, colocaram-se, como já haviam feito antes, à disposição para cooperar com as autoridades, prover informações, participar de audiências, inclusive com a presença de Vorcaro”, diz a nota.
Na véspera, o banco anunciou que seria comprado por um consórcio entre a Fictor Holding Financeira e investidores dos Emirados Árabes Unidos. Segundo a equipe de Vorcaro, a viagem seria para se encontrar com os compradores.
As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para apurar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes.
A CNN Brasil tenta contato com a defesa do ex-CEO.