IFI projeta PIB de 2,3% em 2025 e inflação dentro do limite da meta

A IFI (Instituição Fiscal Independente) prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 2,3% em 2025. A projeção está alinhada com a expectativa do Ministério da Fazenda, que projeta um crescimento 2,2% no ano que vem.

O dado consta no Relatório de Acompanhamento Fiscal divulgado nesta quinta-feira (18). 

Para 2026, a IFI espera crescimento de 1,7%. A projeção está abaixo do que foi divulgado pelo Ministério da Fazenda, que revisou as expectativas para 2,4% no próximo ano.

A instituição também espera que a inflação encerre 2025 dentro do intervalo de tolerância. A expectativa é de que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fique em 4,3%. A meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 4,5%.

Já em relação ao IPCA de 2026, a IFI prevê um recuo para 3,9%, com conversão suave para o centro da meta (3%) entre 2027 e 2035.

No relatório, os diretores da IFI, Marcus Pestana e Alexandre Andrade, ressaltam os abatimentos legais aprovados dentro do novo regramento fiscal desde que ele foi aprovado, no segundo semestre de 2023.

“Diante da extrema rigidez do orçamento público brasileiro, do acelerado crescimento das despesas obrigatórias e das dificuldades de produção de superávits primários, estão sendo feitas exclusões de despesas das regras, o que tem contribuído para abalar a credibilidade do arcabouço e alimentar incertezas sobre a sustentabilidade do atual regime fiscal”, afirmam Pestana e Andrade.

A IFI estima que, nos três primeiros anos de vigência do novo arcabouço fiscal, as despesas excluídas da meta fiscal somam mais de R$ 170 bilhões. Para o instituto, a consolidação legal do entendimento da regra, após arguição do Tribunal de Contas da União, de que o governo deve perseguir o limite inferior de tolerância previsto e não o centro da meta representa, na prática, um novo rebaixamento das metas fiscais.

Na avaliação dos diretores da IFI, a distância entre o resultado primário efetivo e o resultado legal apurado têm levado atores econômicos relevantes a abandonar o acompanhamento dos indicadores de desempenho fiscal fixados pelo arcabouço e fundamentar suas análises e decisões na observação da dinâmica de evolução da relação dívida pública/PIB.

“Os dados presentes no Relatório de Acompanhamento Fiscal em relação aos pressupostos macroeconômicos revelam, inequivocamente, a insustentabilidade do atual regime fiscal e suas regras e a inevitabilidade de, mais cedo ou mais tarde, o país promover um ajuste fiscal de maior fôlego, garantindo as bases de uma trajetória de desenvolvimento sustentado combinado com equilíbrio fiscal”, concluem os diretores da IFI.

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