A família do ator George Clooney, 64, recebeu cidadania francesa, conforme mostram documentos oficiais do governo americano, após ele ter expressado preocupação em criar os filhos em meio ao glamour de Hollywood.
Um aviso oficial listando todas as novas naturalizações francesas, divulgado no sábado, inclui Clooney – assim como a esposa, Amal Clooney, e os filhos gêmeos, Alexander e Ella, 8 anos.
Clooney, que é americano e Amal, uma advogada humanitária britânica-libanesa, já estão familiarizados com o novo país que adotaram. Embora também possuam casas na Inglaterra e perto da família dele no Kentucky, a residência principal se tornou uma fazenda na França, conforme o ator declarou ao New York Times em fevereiro.
“Crescendo no Kentucky, tudo o que eu queria era sair da fazenda, sair daquela vida”, disse Clooney ao jornal. “Agora me vejo de volta àquela vida. Dirijo um trator e tudo mais. É a melhor chance de ter uma vida normal.”
Ele fez comentários semelhantes em uma entrevista à Esquire em outubro: “Eu estava preocupado em criar nossos filhos em Los Angeles, na cultura de Hollywood”, disse Clooney. “Eu sentia que eles nunca teriam uma chance justa na vida. Na França, eles meio que não ligam para a fama”, acrescentou.
“Não quero que eles fiquem andando por aí preocupados com os paparazzi. Não quero que sejam comparados aos filhos famosos de outras pessoas”, disse ele.
O ator e diretor sempre foi muito vocal sobre as preocupações relacionadas a privacidade da família e, em 2021, escreveu uma carta aberta pedindo à mídia que não divulgasse os rostos dos filhos para a segurança deles.
A França possui leis rigorosas de proteção à privacidade: é ilegal fotografar alguém em um local privado ou divulgar informações pessoais como endereço residencial ou número de telefone. Também é ilegal publicar fotos de celebridades em locais públicos, a menos que essa aparição esteja relacionada à sua posição como figuras públicas.
Quando os paparazzi na França tentam fotografar celebridades no tempo livre, fora de aparições na mídia, “a segurança ou o assistente da celebridade tira uma foto ou grava um vídeo dos paparazzi”, escreveu o advogado Chassen Palmer em um artigo de 2020 no California Western International Law Journal.
“Posteriormente, a foto e/ou o vídeo são enviados ao advogado da celebridade, e os meios de comunicação locais são informados de que a celebridade buscará indenização por danos civis caso a fotografia ou o vídeo sejam publicados”, o que “tem dissuadido em grande parte a prática de fotografar celebridades em público”, escreveu ele.
*Com informações de Jessie Yeung da CNN