Galípolo considera crítica de Haddad à Selic um “luxo”

O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse considerar a crítica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o patamar da Selic um “luxo”.

O chefe da autoridade monetária concedeu uma entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (25) para comentar o Relatório de Política Monetária.

“Eu, pessoalmente, acho um luxo um ministro da Fazenda e o secretário do Tesouro fazendo comentários sobre a política monetária com uma delicadeza, uma gentileza e uma educação que eles fizeram”, afirmou.

Nesta semana, o ministro da Fazenda afirmou que há espaço para o Banco Central reduzir a taxa básica de juros, que está em 15% ao ano, maior patamar desde 2006. Na avaliação de Haddad, a Selic não deveria estar em um patamar tão elevado.

“Eu penso que o vai chegar em um momento em ele [Gabriel Galípolo] vai juntar a diretoria e tomar essa decisão [baixar a Selic]. Eu acho que tem espaço para os juros caírem. Eu acredito que nem deveria estar em 15%. Tem espaço para cair. Ele [Galípolo] tem quatro anos de mandato e vai entregar um resultado consistente para o Brasil”, declarou Haddad na ocasião.

Já o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou que, do ponto de vista fiscal, a Selic alta “machuca” e “não é saudável.”

A fala foi realizada durante participação em um evento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na última quarta-feira (24).

Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada nesta terça-feira (23), o Banco Central sinalizou que deve manter a taxa básica de juros por um período “bastante prolongado”.

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