Um funcionário do Banco do Brasil foi preso, nesta quarta-feira (10), suspeito de mais de cem estelionatos qualificados contra idosos e pessoas de baixa escolaridade, em Bom Jesus, na Serra Gaúcha (RS). A Polícia Civil acredita que o homem de 28 anos pode ter conseguido mais de R$ 1 milhão com os golpes.
A investigação revelou que o suspeito clonava cartões de crédito das vítimas e, com eles, realizava compras, pagamentos em restaurantes e hospedagens em hotéis de luxo nas cidades de Gramado e Canela. Além disso, a Polícia Civil informou que ele abria contas em nome de terceiros (também vítimas), para receber os créditos fraudulentos, que eram posteriormente transferidos para suas contas pessoais ou sacados.
Conforme a investigação, o homem é proprietário de uma loja de móveis e também utilizava documentos pessoais dos funcionários para alugar imóveis de forma fraudulenta e dar novos golpes.
A polícia também aponta que o homem adquiriu mais de R$ 400 mil em Bitcoins em 2022. Esse valor, atualmente, pode superar mais de R$ 1 milhão. Há indícios de que as criptomoedas tenham sido adquiridas com proventos dos crimes.
O suspeito, que já possuía antecedentes por extorsão e estelionato, foi encontrado em um apartamento alugado em Canela, utilizando um contrato falso em nome de terceiros. Antes de ser funcionário público do Banco do Brasil, a polícia informou que ele já havia trabalhado em outros bancos e vinha aplicando golpes de forma reiterada há pelo menos três anos.
Durante operação, foram apreendidos celulares, computadores, cartões de crédito, máquinas de pagamento, além de documentos. A Justiça também determinou o bloqueio judicial de contas bancárias do suspeito e da empresa dele.
A Polícia Civil segue a investigação para identificar todas as vítimas e recuperar os valores desviados.
Em nota, o Banco do Brasil afirmou que possui um processo estruturado para apuração e análise de irregularidades envolvendo a conduta de funcionários do BB.
“Tais apurações são conduzidas sob o aspecto disciplinar, segundo normativos internos, e preveem soluções administrativas passíveis de aplicação, que vão desde a advertência até o desligamento da empresa.
O Banco informa ainda que colabora com as autoridades na investigação de fraudes com o repasse de subsídios no seu âmbito de atuação”, completa a nota.