O ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou buscas no endereço residencial do senador Weverton Rocha (PDT-MA), em Brasília, mesmo com parecer desfavorável da PGR (Procuradoria-Geral da República).
A manifestação da PGR no caso aponta que não havia elementos de prova suficientes para que o parlamentar fosse alvo da nova fase da operação Sem Desconto, deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta quinta-feira (18).
De acordo com fontes a par da investigação, a PF havia pedido, além do mandado de busca, a prisão de Weverton. A PGR não concordou com nenhuma das medidas, mas Mendonça deu aval à primeira.
A avaliação de interlocutores do procurador-geral da República, Paulo Gonet, é de que faltava clareza nas evidências da PF sobre o real envolvimento do senador nas fraudes do INSS.
Os argumentos de Mendonça ainda estão em sigilo. O processo deve se tornar público depois que a PF concluir as diligências. São 52 mandados de busca e apreensão e 16 ordens de prisão preventiva.
Em nota, Rocha disse que “recebeu com surpresa a busca na sua residência” e que “com serenidade se coloca à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas assim que tiver acesso integral à decisão”.