França estaria preparando hospitais para guerra, diz jornal

A ministra de Saúde da França, Catherine Vautrin, teve que responder questionamentos sobre a suposta preparação dos hospitais franceses para receber feridos de guerra a partir de março de 2026.

A informação foi veiculada primeiro pelo jornal Le Canard enchaîné, um veículo de informação francês, que é satírico e investigativo ao mesmo tempo.

Segundo a reportagem, publicada na semana passada, o Ministério da Saúde da França emitiu uma carta pedindo que hospitais deveriam ficar preparados para tratar milhares de soldados em um período de 10 a 180 dias.

Ainda segundo o Le Canard enchaîné, o governo francês indicou a “necessidade de considerar a construção de centros médicos capazes de receber pacientes em caso de conflito armado, centros que deveriam estar localizados perto de uma rodoviária ou de um porto, por exemplo”.

A CNN não conseguiu acesso ao mesmo documento para verificar as informações.

A BFM TV, afiliada francesa da CNN, questionou a ministra da saúde francesa sobre o assunto. Em resposta, Catherine Vautrin respondeu que o caso trata-se de uma ”preparação estratégica”.

“Isso faz parte da antecipação, como os estoques estratégicos, como as epidemias. Eu não estava no cargo na época da Covid-19, lembrem-se, não havia palavras duras o suficiente para falar sobre a falta de preparação do país”, afirmou a ministra francesa sem usar a palavra ”guerra” nenhuma vez.

Vautrin disse que “é perfeitamente normal que o país antecipe crises, as consequências do que está acontecendo. Isso faz parte da responsabilidade das administrações centrais.”

Segundo apuração da afiliada da CNN, o governo francês se prepara para lançar, ainda este ano, uma cartilha intitulada “Todos Resilientes” sobre práticas para situações de crises. Uma fonte confirmou à BFM TV que haverá uma seção dedicada à guerra, embora os detalhes não sejam conhecidos.

Tensão entre França e Rússia

O presidente da França, Emmanuel Macron, tem sido alvo de frequentes críticas russas devido ao apoio ao líder ucraniano Volodymyr Zelensky.

Durante uma entrevista em agosto, Macron disse que o presidente russo, Vladimir Putin, era um “ogro às nossas portas”.

O governo russo retrucou afirmando que a fala imprópria para um chefe de Estado.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse a repórteres em Moscou que Macron estava constantemente fazendo declarações estranhas que às vezes cruzavam a linha da decência e se transformavam em “insultos de baixo nível”.

“Isso não é digno de um chefe de Estado”, afirmou a porta-voz.

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