O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) minimizou neste domingo (7) a reação negativa do mercado ao anúncio de que ele será o sucessor político do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (Pl), na disputa ao Palácio do Planalto nas eleições de 2026.
“Eu avalio como natural, eu avalio que, assim como o mercado, eu também tenho a convicção de que mais quatro anos o Brasil não aguenta. Só que eles fazem uma análise precipitada, do meu ponto de vista, porque a partir do momento que eu tenho a possibilidade, com essa exposição e a cobertura que vocês da imprensa vão me dar, de conhecer um Bolsonaro diferente, um Bolsonaro muito mais centrado, um Bolsonaro que conhece a política, que conhece Brasília, um Bolsonaro que realmente vai querer fazer uma pacificação nesse país, diferente do que a gente está vendo no atual governo, que disse que viria para pacificar o país, disse que viria para governar para todos”, disse o parlamentar após participar de um culto, em Brasília.
Essa foi a primeira fala pública do senador após anunciar que foi o escolhido de Bolsonaro para disputar a Presidência, na sexta-feira (5).
O anúncio gerou reação negativa do mercado financeiro. O dólar registrou a maior alta desde outubro (2,34%, a R$ 5,43), enquanto o Ibovespa recuou (-4,31%, aos 157.369 pontos) e teve o pior desempenho diário desde 2021. Até então, a bolsa vinha renovando recordes, e pela manhã chegou a negociar na faixa inédita de 165 mil pontos.
O anúncio causou também divisão na própria direita. Enquanto governadores bolsonaristas apoiaram o nome de Flávio, partidos do Centrão têm mostrado resistência em aceitar uma eventual candidatura do hoje senador.
Como uma de suas prioridades, Flávio já disse que daria seguimento às negociações para fazer avançar o projeto da anistia, para conceder o perdão das penas dos presos pelo 8 de Janeiro e do seu pai. O ex-presidente foi condenado a 27 anos de prisão por envolvimento em um plano de golpe de Estado.