F1: Antonelli recebe ameaças de morte, e Red Bull se desculpa por acusação

A Mercedes catalogou mais de mil mensagens ofensivas deixadas nas redes sociais de Kimi Antonelli após o GP do Catar, realizado no domingo (30). Entre os comentários, estão ameaças de morte contra o piloto de Fórmula 1, de 19 anos.

O ataque virtual aconteceu após acusações de que o italiano teria deixado Lando Norris, da McLaren, ultrapassá-lo de propósito no final da corrida. A história foi alimentada por funcionários da Red Bull, que questionaram a ajuda ao britânico, rival de Max Verstappen na disputa pelo título.

Imagens do momento da ultrapassagem mostram que Antonelli comete um erro que o tira da pista e faz com que Norris ganhe a posição, um 4º lugar.

Ele tinha segurado o britânico por várias voltas e chegou a se aproximar de Carlos Sainz, da Williams, na disputa pelo pódio. Com a ultrapassagem, Norris ganhou 12 pontos, e não os 10 esperados pela 5ª colocação em que estava.

Isso ajudou o piloto da McLaren a manter uma vantagem mais confortável contra o próprio companheiro, Oscar Piastri, e contra Verstappen, que assumiu o vice do campeonato vencendo a corrida no Catar –e vai para Abu Dhabi a 12 pontos da liderança. 

A situação incomodou, em primeiro lugar, o engenheiro de corrida do holandês, Gianpiero Lambiase, que foi ao rádio para dizer ao tetracampeão que parecia que Antonelli tinha apenas deixado Norris passar.

Helmut Marko, consultor da equipe, foi além, dizendo à Sky Alemanha que era “muito óbvio” que Antonelli “acenou para que Norris passasse”.

Essa teorias foram fortemente negadas pelo chefe da Mercedes, Toto Wolff, enquanto o jovem piloto italiano permaneceu em silêncio, apenas removendo sua foto de perfil das redes sociais.

Nas entrevistas logo após a corrida, o novato não foi questionado sobre as falas de Marko, mas quando perguntado sobre o que tinha acontecido, afirmou que “tinha que checar, mas tinha ido um pouco mais veloz que na volta anterior.”

“Obviamente, com o ar sujo, o carro é mais imprevisível porque você tem menos downforce. E os pneus superaquecem mais. Mas eu entrei um pouco mais rápido e perdi a traseira do nada”, explicou Kimi.

Veículos especializados, como o site The Race, tiveram acesso a relatórios da própria Mercedes sobre a quantidade de comentários negativos no perfil de Antonelli: 1100 eram “severos ou suspeitos” — um aumento de 1100% em relação a um pós-corrida normal.

Essas mensagens incluíam ameaças de morte, ofensas homofóbicas e insultos mais gerais.

Segundo o site, o plano da Mercedes é compartilhar essas estatísticas e seu conteúdo com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), que tem uma campanha contra abuso virtual.

Helmut Marko pediu desculpas por suas falas em entrevista ao site alemão F1-Insider, enquanto a Red Bull publicou um pedido de reparação em suas redes sociais, também na manhã desta segunda (1).

“Comentários feitos antes e imediatamente depois do fim do GP da Catar, sugerindo que o piloto da Mercedes Kimi Antonelli permitiu deliberadamente que Lando Norris o ultrapassasse, estão claramente incorretos”, admitiu a equipe.

“O replay mostra Antonelli perdendo o controle do carro momentaneamente, permitindo que Norris o ultrapassasse. Nós sinceramente lamentamos que isso tenha levado a abuso online contra Kimi”.


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