A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) comemorou a decisão dos Estados Unidos de reduzir, de forma retroativa, as tarifas aplicadas à carne bovina brasileira, mas adotou tom cauteloso ao avaliar os efeitos da medida.
Em nota, a entidade afirmou que a redução “devolve previsibilidade ao setor” e reforça a confiança no diálogo técnico entre os dois países, mas não projetou impacto imediato no volume exportado.
“A medida reconhece a importância da carne do Brasil, marcada pela qualidade, pela regularidade e pela contribuição para a segurança alimentar mundial”, disse a Abiec.
A associação destacou ainda que os Estados Unidos são o segundo maior mercado da carne bovina do Brasil, mas afirmou que seguirá em cooperação com autoridades brasileiras e americanas “para ampliar oportunidades e consolidar o Brasil como parceiro confiável e competitivo”, sinalizando que vê a decisão como parte de um processo e não como solução definitiva.
O texto reduz tarifas sobre carne bovina, tomates, café e bananas, entre outras importações agrícolas, com efeito retroativo a quinta-feira (13).
Trump escreveu que tomou a decisão “após considerar as informações e recomendações que me foram fornecidas por autoridades, o andamento das negociações com diversos parceiros comerciais, a demanda interna atual por certos produtos e a capacidade interna atual de produção de certos produtos”.
A ordem determina que eventuais reembolsos das tarifas já recolhidas sejam feitos conforme a legislação e os procedimentos padrão da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos.
Exportadores de café avaliam impactos
Também em nota, a Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou ser necessário entender os impactos da medida anunciada por Trump.
“O Cecafé está em contato com seus pares americanos, neste momento, para analisar, cuidadosamente, a situação e termos noção do real cenário que se apresenta”, informou.
Entidade de frutas também aguarda análise
Em breve comunicado, a Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados) informou que não vai se manifestar até análise do documento e informações sobre quais frutas foram incluídas na decisão.