Execução de ex-delegado: como a investigação tenta revelar autores do crime

A Polícia Civil de São Paulo intensificou os trabalhos para elucidar o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, executado a tiros na última segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista.

A Justiça de São Paulo autorizou a prisão de dois suspeitos. Para confirmar a participação deles, a Polícia vai analisar imagens de câmeras de segurança, um carro encontrado queimado, depoimentos e outros relatos colhidos durante as investigações.

Os carros utilizados por criminosos na emboscada foram roubados na capital paulista, segundo registro de ocorrências da polícia.

Há forte suspeita de envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital), dada a trajetória de Fontes no combate ao crime organizado e que ele anteriormente indiciou líderes da facção.

O Ministério Público, por meio do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), vai dar suporte à investigação.

Foi criada uma força-tarefa com equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), DEIC, Garra, além de agentes do Deinter-6 e da inteligência da Polícia Militar. O objetivo é integrar informações e acelerar o avanço das investigações. Mais de 100 policiais participam da operação.

As autoridades consideram todas as hipóteses em aberto, sem descartar nenhuma linha de investigação.

Suspeito com histórico no crime

De acordo com as informações do chefe da polícia de São Paulo, um dos criminosos é alguém com longa ficha criminal.

Durante atendimento a imprensa, no velório de Fontes, Guilherme Derrite deu mais detalhes sobre o perfil do homem identificado e afirmou que o criminoso é alguém com passagens no sistema carcerário por tráfico e roubo. Além disso, ele também passou pela Fundação Casa, quando ainda era adolescente.

Linhas de investigação

Existem de três a quatro variantes de investigação sendo trabalhadas simultaneamente pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), com apoio do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

Uma das principais linhas investigativas é a vingança de facções criminosas, em especial o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ruy Ferraz foi responsável por mapear a estrutura do PCC nos anos 2000. Uma suspeita levantada é de que a ação possa ser obra da “Sintonia Restrita”, grupo de pistoleiros do PCC.

Outra linha de investigação é a possível ligação do crime com o trabalho de Fontes na Prefeitura de Praia Grande como secretário de Administração. A polícia afirmou que na madrugada após o crime, muitas informações foram recebidas e serão checadas.

O crime

Os criminosos utilizaram dois veículos roubados na capital paulista, uma Toyota Hilux e um Jeep Renegade, sendo que a Hilux foi incendiada para eliminar vestígios.

Três homens desceram do carro para efetuar os disparos, enquanto um quarto permaneceu na direção. Duas outras pessoas ficaram feridas na ação e foram socorridas, sem risco de morte.

governador Tarcísio de Freitas e o secretário Guilherme Derrite se manifestaram, garantindo que os responsáveis serão identificados e punidos com todo o rigor da lei.

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