A mãe e o irmão de um dos suspeitos pelo assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foram liberados pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), nesta quarta-feira (17), após prestar depoimento, em São Paulo.
Segundo a polícia, as testemunhas afirmaram não saber o paradeiro do investigado e negaram qualquer conhecimento sobre uma eventual participação dele no ataque.
O secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico, disse inicialmente que o irmão foi detido e levado para a delegacia, mas ele foi levado como testemunha, assim como a mãe.
O grupo suspeito de participar do ataque que vitimou o ex-delegado-geral está foragido e há suspeita de que dois deles, já identificados pelas autoridades, possam estar na capital ou na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pelo delegado Rogério Thomáz Barbosa, na tarde desta terça-feira (17).
“Eles se mostram receosos em prestar qualquer esclarecimento que possa levar à identificação do paradeiro dos suspeitos”, afirmou o delegado em coletiva de imprensa.
Novas informações
Até o momento, dois homens foram identificados. As prisões temporárias de ambos foram decretadas pela Justiça, mas os nomes não foram divulgados para não comprometer as investigações. A polícia confirmou ainda que um dos suspeitos já tinha antecedentes criminais.
Além deles, outras pessoas estão sob monitoramento. Segundo o delegado, o número de envolvidos no ataque pode ultrapassar seis.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que, além do depoimento dos familiares, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços da Grande São Paulo, incluindo a capital.
Um veículo supostamente utilizado pelos criminosos, já foi encontrado. Outros objetos foram recolhidos e também devem auxiliar no andamento das investigações.
Entenda o caso
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo foi assassinado a tiros na noite de segunda-feira (15), em Praia Grande, no Litoral paulista. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela CNN mostram criminosos armados com fuzis durante a ação.
Ao tentar fugir, o carro da vítima foi atingido por um ônibus e capotou. Em seguida, os criminosos se aproximaram e realizaram a execução. Após o crime, os suspeitos fugiram.
A corporação confirmou que o ex-delegado não resistiu aos ferimentos após o ataque. Ruy Ferraz Fontes ocupava atualmente o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Ele atuava contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e era considerado um dos principais inimigos da facção.