Ex-delegado executado: o que sabemos sobre suspeita de transportar fuzil

Dahesly Oliveira Pires, 25, investigada pelo assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, foi presa na madrugada desta quinta-feira (18) em São Paulo, sob suspeita de ter transportado o fuzil usado na execução.

Ela é suspeita de entregar a arma do crime a um homem no ABC Paulista, embora alegue não saber o conteúdo da sacola, versão que não convenceu a polícia.

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Levada ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) para depoimento na tarde de quarta-feira (17), a polícia solicitou e a Justiça decretou sua prisão temporária. Após passar pelo IML, Dahesly foi encaminhada ao 6º DP (Cambuci) e deve ser submetida a audiência de custódia ainda hoje.

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Histórico

Informações prévias revelam que Dahesly possui passagem criminal por tráfico de drogas.

De acordo com a denúncia, os fatos ocorreram em junho de 2023, nas dependências do CDP (Centro de Detenção Provisória II), em Osasco, na Grande São Paulo. Dahesly teria ido realizar visita a um preso e foi detida tentando entrar no local com drogas.

Conforme o registro, quando Dahesly passou pelo “scanner” corporal, os agentes visualizaram um volume suspeito no peito da suspeita. Após a revista, os agentes confirmaram que ela tinha porções de drogas escondidas junto às costuras das roupas. Ela confessou o porte da droga.

A denúncia foi recebida pela Justiça, que constatou a presença de indícios de materialidade e autoria. A suspeita não foi localizada para se manifestar no processo criminal, o que fez com que a justiça suspendesse a ação penal.

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Relembre morte de ex-delegado-geral em SP

A execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, em Praia Grande (SP) na segunda-feira (15), mobilizou uma força-tarefa policial e gerou forte repercussão devido ao seu histórico de combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC)

O secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico, confirmou que Fontes estava “sendo procurado, caçado”. O crime foi descrito como “covarde” e “bárbaro” pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo promotor Lincoln Gakiya, respectivamente.

Quem era Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado inimigo do PCC executado em SP

Fontes era considerado um dos principais inimigos do Primeiro Comando da Capital (PCC), tendo sido pioneiro no mapeamento da facção e responsável por indiciar sua cúpula, incluindo Marcola, em 2006.

Ele era jurado de morte pelo PCC desde 2006 e havia expressado preocupação com sua segurança após um assalto em 2023, dizendo: “Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro”. O promotor Lincoln Gakiya também o alertou sobre ameaças.

Fontes ocupava o cargo de Secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande, e essa linha de investigação também está sendo considerada.

FONTE

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