Ex-CEO da BBC diz que jornalistas “não são corruptos”, após renúncia

Deborah Turness, CEO da emissora BBC News, que renunciou após acusações de parcialidade na emissora britânica, afirmou nesta segunda-feira (10) que, embora erros tenham sido cometidos, a BBC não possui “parcialidade institucional” e que os jornalistas do canal “não são corruptos”.

“Claro que nossos jornalistas não são corruptos. Nossos jornalistas são pessoas trabalhadoras que se esforçam pela imparcialidade, e eu defendo o trabalho jornalístico deles”, respondeu Turness a uma pergunta de um repórter.

A BBC, emissora financiada com recursos públicos, vinha sofrendo crescente pressão após o vazamento de um relatório interno, elaborado por um ex-consultor de padrões, que citava falhas na cobertura da guerra entre Israel e Hamas, em questões transgênero e em um discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o jornal também britânico, Daily Telegraph.

Trump comemorou as demissões, criticando os dois executivos como “pessoas muito desonestas” depois que o principal programa da BBC, Panorama, editou duas partes de um de seus discursos, unindo-as de forma a dar a impressão de que ele estava incentivando os protestos no Capitólio em janeiro de 2021.

Turness e Tim Davie, que liderava a British Broadcasting Corporation desde 2020, renunciaram aos seus cargos no domingo (9).

Amplamente respeitada em todo o mundo, a BBC ainda lidera as pesquisas no Reino Unido como a marca de notícias mais confiável e tem um enorme alcance no país, fornecendo notícias, entretenimento e esportes.

Mas a emissora, financiada por uma taxa de licenciamento paga por todos os domicílios com televisão, é alvo de intenso escrutínio por parte de alguns jornais e críticos nas redes sociais, que contestam seu modelo de financiamento e sua postura considerada liberal.

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