Esforço concentrado corresponde a quase 30% de aprovações na Câmara no ano

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem lançado mão das semanas de “esforço concentrado” para destravar matérias represadas no plenário e “limpar a pauta” da Casa.

Esses períodos respondem por quase 30% do total de propostas aprovadas no decorrer deste ano e tem média de aprovações três vezes maior.

Em 2025, a Câmara teve ao menos quatro semanas de esforço concentrado, quando o foco da Casa fica voltado às apreciações no plenário. A semana mais produtiva foi entre 27 e 31 de outubro, quando a Câmara apreciou e aprovou 47 matérias.

Entre os itens está proposta retomou trechos da medida provisória de alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Outra matéria aprovada foi a medida provisória que definiu novas regras para o setor elétrico.

O ritmo de esforço se repetiu na semana seguinte, com sessão de votações a partir da última segunda-feira (3).

Conforme levantamento da CNN, em semanas de esforço concentrado foram apreciadas e aprovadas 124 matérias de um total de 447 em todo o ano, ou seja, 27,74% de tudo que foi aprovado em 2025 se concentrou no período de esforço de votações.

Na semana anterior ao recesso parlamentar de julho, a Casa também teve esforço concentrado, ocasião em que foram aprovadas as novas regras para o licenciamento ambiental.

Antes, a primeira semana de esforço marcada foi em maio deste ano, com pauta com projetos relacionados à gripe aviária no Rio Grande do Sul, ocasião em que foram aprovadas 21 matérias.

Em semanas de esforço concentrado, a média de aprovações dos deputados é de 31 matérias, entre projetos, requerimentos e outros tipos. Nas demais, a média é de apenas 10 aprovações.

Ao assumir a gestão da Casa, Hugo Motta prometeu previsibilidade da pauta e protagonismo para as comissões. Apesar disso, como a CNN mostrou, o número de aprovações de requerimentos de urgência – que permite a apreciação de projetos sem passar por comissões – se manteve e até mesmo superou anos anteriores.

No início do mandato, parlamentares criticaram o ritmo lento de aprovação no plenário. O presidente da Câmara, no entretanto, tem justificado a conjectura polarizada como uma das dificuldades para o avanço de propostas. Ele tem priorizado pautar o que tem consenso entre líderes partidários.

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