O cirurgião Claudio Birolini afirmou à CNN que aguarda a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, sobre a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ele e sua equipe se deslocarem de São Paulo (SP) para Brasília.
Birolini afirmou ainda que o cardiologista Leandro Echenique, que acompanha Bolsonaro desde 2018, quando o então candidato a presidente sofreu uma facada.
“Em caso de autorização eu e minha equipe nos deslocaremos para Brasília. Acredito que o Dr. Leandro Echenique deva ir também”, afirmou Biroloni, que é diretor de cirurgia geral do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo).
A última vez que Bolsonaro esteve internado, foi em setembro. Na ocasião, Birolini também acompanhou o ex-presidente, que passou por um procedimento para remover lesões de pele.
O resultado da perícia foi entregue nesta sexta-feira (19) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório da Polícia Federal concluiu que se trata de uma cirurgia eletiva, ou seja, não emergencial, diferentemente do que alegava a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o documento, o quadro de soluços decorre de um bloqueio do nervo frênico e exige a realização de procedimento médico “o mais breve possível”. A piora pode provocar problemas de sono e alimentação, além de “acelerar o risco das complicações do quadro herniário”.
Durante o exame, Bolsonaro apresentou entre 30 e 40 soluços por minuto, sem qualquer remissão. Com a perícia entregue à Suprema Corte, caberá agora ao ministro Moraes decidir quando o procedimento cirúrgico deverá ser realizado.
A defesa do ex-presidente espera que o ministro autorize a internação para a realização das cirurgias. De acordo com o advogado Paulo Cunha Bueno, o laudo confirma a veracidade dos diagnósticos de hérnias e de soluços incoercíveis, condições que, segundo ele, estão relacionadas ao atentado a faca sofrido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.