O uso recreativo de medicamentos para disfunção erétil entre jovens tem se tornado uma preocupação crescente na área médica, principalmente devido aos riscos de desenvolvimento de dependência psicológica. Segundo William Nahas, professor titular de urologia da FMUSP, em entrevista ao CNN Sinais Vitais, a ereção é um fenômeno físico e os “medicamentos estimulantes atuam mantendo uma vasodilatação prévia, fazendo com que um estímulo menor seja necessário para alcançar a ereção.”
O mecanismo de ação desses medicamentos está relacionado ao processo natural da ereção, que ocorre quando há maior entrada de sangue através das artérias do órgão. Durante esse processo, o tecido se dilata e comprime as veias, fazendo com que entre mais sangue do que saia.
Nahas ressalta que homens jovens que fazem uso desses medicamentos sem necessidade clínica “podem desenvolver uma dependência psicogênica”, levando a problemas futuros no desempenho sexual.
“Esse processo artificial pode criar uma dependência psicológica, levando o usuário a acreditar que não conseguirá ter uma relação satisfatória sem o medicamento”, afirma.
A orientação médica adequada é fundamental para o tratamento da disfunção erétil, sendo necessário que os pacientes busquem ajuda profissional para receber as indicações corretas sobre o uso da medicação, evitando assim possíveis complicações futuras.