O “Gold Card”, anunciado recentemente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa uma nova abordagem para a imigração americana. O editor de Internacional da CNN Diego Pavão explica que o novo visto permite que estrangeiros obtenham residência permanente mediante o pagamento de US$ 1 milhão diretamente ao Departamento do Tesouro americano.
Diferentemente de outros programas de imigração por investimento existentes no país, o “Gold Card” não exige contrapartidas como a criação de empregos ou investimentos em negócios. Trata-se essencialmente de um pagamento ao governo americano em troca da residência permanente, com um processo que promete ser concluído em apenas 15 dias úteis, muito mais rápido que os tradicionais caminhos para imigração que podem levar anos.
Diferenças entre o “Gold Card” e o EB-5
O programa EB-5, criado na década de 1990 e ainda em vigor, também permite a obtenção de residência permanente mediante investimento, mas com características distintas. Esse visto requer um investimento entre US$ 800 mil e US$ 1 milhão em um negócio privado nos Estados Unidos, com a obrigatoriedade de gerar pelo menos 10 empregos para cidadãos americanos, contribuindo diretamente para a economia do país.
Enquanto o EB-5 visa desenvolve a economia americana por meio da criação de empresas, empregos e aumento do poder de compra, o “Gold Card” funciona como uma arrecadação direta e rápida para o governo, sem qualquer exigência de contrapartida econômica ou social.
Outras modalidades propostas
Além do “Gold Card” básico de US$ 1 milhão, foram apresentadas outras modalidades de vistos com valores e benefícios diferentes. O “Corporate Card”, avaliado em US$ 2 milhões, é destinado a empresas que desejam garantir a permanência de funcionários estrangeiros nos EUA, especialmente profissionais altamente qualificados, como os que trabalham no setor de tecnologia.
Já o “Platinum Card”, ainda em fase de lista de espera, custará US$ 5 milhões e oferecerá a possibilidade de isenção fiscal para quem viver nos Estados Unidos por até 9 meses por ano. Esta modalidade é especialmente atrativa para pessoas com negócios internacionais que desejam evitar a tributação americana sobre ganhos obtidos fora do país.
Esses vistos garantem apenas a residência permanente (green card), mas não a cidadania americana. Para se tornar um cidadão americano, o portador do green card precisa viver no país por pelo menos cinco anos sem cometer crimes graves e, então, solicitar a cidadania.