Empresários minimizam risco à relação Brasil-EUA com prisão de Bolsonaro

Representantes do setor privado minimizam a possibilidade de a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prejudicar as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos — logo após os norte-americanos pouparem uma série de produtos agrícolas das tarifas adicionais de 40%.

Ao justificar a taxação do Brasil, em julho, a Casa Branca criticou o julgamento de Bolsonaro. Além disso, em meio ao avanço do processo, sancionou autoridades brasileiras, em especial o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e relator do caso, Alexandre de Moraes.

Um dos principais beneficiados pela recente redução de tarifas, o setor de café acredita que a pauta econômica permanecerá como foco das discussões entre os países. É o que disse à CNN o diretor-executivo do Cecafé, Marcos Antônio Matos.

“Veja a relação dos Estados Unidos com a Colômbia… muito mais complicada e nada mudou para as tarifas. Então vejo que temos que tomar cuidados, sim, mas na questão das tarifas o foco está na pauta econômica e na negociação, ou seja as contrapartidas econômicas concretas aos Estados Unidos”, disse.

Sob reserva, um executivo de outro dos setores beneficiados pela recente redução tarifária afirmou que o risco é “zero”.

O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, afirmou em suas redes sociais no sábado (22) que a prisão preventiva de Bolsonaro é “provocativa e desnecessária”. O posicionamento deu fim à “trégua” norte-americana nas críticas ao processo contra o ex-presidente.

Ao ser questionado por jornalistas, ainda no sábado, sobre a detenção, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se limitou a afirmar: “É uma pena, uma pena, eu só acho que é uma pena“.

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