Uma decisão de Flávio Dino sobre a investigação das emendas parlamentares de transferência especial, conhecidas como “emendas Pix”, tem causado inquietação no Congresso Nacional. A determinação inclui não apenas a investigação de repasses atuais, mas também uma análise retroativa de quatro anos de transferências. Análise é de Larissa Rodrigues no Live CNN.
A decisão, que se estende por mais de 30 páginas, estabelece que a Polícia Federal de cada estado deverá recolher material sobre os repasses, que somam aproximadamente R$ 700 milhões. O processo mantém esses recursos temporariamente bloqueados enquanto as investigações são conduzidas.
Um ponto específico da decisão tem gerado especial apreensão: a Advocacia-Geral da União (AGU) deverá apresentar um cronograma detalhado para analisar as prestações de contas das emendas Pix realizadas entre 2020 a 2024. Os ministérios responsáveis pela liberação dos recursos deverão fornecer as informações necessárias à AGU, que terá 15 dias úteis para estabelecer os prazos de análise.
A expectativa é que essa revisão se estenda até o final do ano. A investigação poderá resultar em solicitações de informações adicionais aos parlamentares e possível paralisação de obras em andamento.
Para a liberação de novas emendas Pix, tornou-se obrigatória a apresentação de um relatório detalhando a destinação prevista para os recursos. A AGU deverá verificar se todos os relatórios das emendas estão em conformidade com a legislação vigente, podendo identificar possíveis irregularidades nos repasses realizados durante o período analisado.