A disputa pelas duas vagas ao Senado por São Paulo nas eleições de 2026 já movimenta os bastidores políticos e gera preocupação entre lideranças da direita. Enquanto a corrida presidencial e o futuro político do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) permanecem em aberto, a definição dos candidatos ao Senado paulista tornou-se um tema central nas articulações.
Segundo apuração de Vinicius Murad para o Bastidores CNN, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será o responsável por decidir quem representará o PL na disputa pelo Senado. Entre a direita e o centro já existe um consenso sobre um dos nomes: o ex-secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite, filiado ao Progressistas.
A indefinição sobre um outro candidato causa apreensão no campo conservador. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente e deputado licenciado que reside nos Estados Unidos, foi cogitado, mas seu nome estaria fora das opções neste momento. A escolha do candidato pelo PL é vista com preocupação por Derrite, que teme a indicação de alguém muito ligado a Bolsonaro, o que poderia dividir votos e prejudicar suas chances.
Divisão interna e risco de perda
O PL enfrenta divisões internas, com tensões entre Valdemar Costa Neto e Michelle Bolsonaro (PL), situação semelhante à observada no Ceará. Murad explica que uma preocupação da direita é que uma eventual divisão de votos entre seus candidatos abra espaço para que a esquerda conquiste uma das duas vagas em disputa.
Nomes como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), são mencionados como possíveis candidatos apoiados pelo presidente Lula (PT).
A eleição para o Senado deve atrair grande atenção nacional, especialmente porque os senadores eleitos terão papel decisivo em questões relacionadas ao STF (Supremo Tribunal Federal), tema considerado estratégico tanto para a direita quanto para a esquerda no atual cenário político brasileiro.