O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (3) que o desentendimento entre o PL (Partido Liberal) no Ceará e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro expôs o deputado André Fernandes (PL-CE) a uma situação de “humilhação” pública.
“Eu me coloco no lugar de Fernandes e me senti humilhado, de certa maneira. Tenho certeza de que, se estivessem as portas fechadas e cada um expusesse seus argumentos, pessoas maduras sairiam dessa sala com um anúncio público e unidas para caminhar”, afirmou Eduardo.
Segundo o parlamentar que vive atualmente nos Estados Unidos, a articulação política envolvendo uma possível aliança com o ex-governador Ciro Gomes (PSDB) ao Executivo estadual fazia parte de uma estratégia para garantir ao PL uma vaga no Senado.
Ele afirmou que, caso o tema tivesse sido tratado de forma reservada, “a portas fechadas”, a crise poderia ter sido evitada.
Nos últimos dias, aliados protagonizaram uma disputa pública após Michelle discordar da articulação conduzida por André Fernandes e defendida pelos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ex-primeira-dama criticou a aproximação com Ciro Gomes e classificou a iniciativa como precipitada.
Em publicação nas redes sociais, Eduardo afirmou que o Ceará é um estado dominado politicamente pela esquerda e que o PL tem pouca estrutura local. Segundo ele, a aliança permitiria a Ciro acesso ao tempo de televisão, enquanto, em contrapartida, o ex-governador apoiaria o PL em uma das duas vagas ao Senado.
“Assim, estava caminhando para termos ao menos um senador, que pode fazer muita falta para a política brasileira em 2027”, disse.