Dr. Kalil: Cardiologista fala sobre o impacto do tabagismo no coração

Jaqueline Scholz, professora livre-docente de cardiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), afirmou, durante o CNN Sinais Vitais, que um estudo conduzido por pesquisadores do InCor demonstrou que fumantes hipertensos podem obter melhorias significativas em sua saúde cardiovascular ao abandonar o tabagismo. A pesquisa revelou que apenas três meses sem fumar são suficientes para reduzir a pressão arterial sistólica em 10 milímetros e a diastólica em 5 milímetros.

A redução na pressão arterial é comparável ao efeito de um novo medicamento anti-hipertensivo, representando uma alternativa natural e eficaz para o controle da pressão. Os benefícios da cessação do tabagismo não se limitam apenas à pressão arterial, estendendo-se também aos níveis de HDL, conhecido como colesterol bom.

 

Um estudo evidenciou que após 12 semanas sem fumar, os participantes apresentaram uma melhora significativa na função do HDL, aumentando sua capacidade de transportar o colesterol para fora das artérias. Este processo é fundamental para a saúde cardiovascular, pois o HDL atua como um “ônibus” que remove o colesterol prejudicial das artérias.

Em contrapartida, o cigarro eletrônico, mesmo sendo ilegal no Brasil, representa uma ameaça crescente à saúde pública. Pesquisas indicam que estes dispositivos podem expor os usuários a níveis ainda mais elevados de nicotina em comparação ao cigarro convencional, provocando dependência mais intensa e lesões mais precoces no organismo.

A redução do tabagismo no Brasil nas últimas décadas tem mostrado resultados positivos, porém enfrenta novos desafios com o aumento do uso de cigarros eletrônicos. Especialistas alertam que não há redução de danos com estes dispositivos, sendo fundamental manter a proibição e conscientizar a população sobre seus riscos.

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