Dia Mundial da Alfabetização: Brasil tem 29% de analfabetismo funcional

Uma pesquisa do Ministério da Educação (MEC) revelou que a alfabetização de crianças no Brasil ficou 0,8% abaixo do esperado. A meta estabelecida pelo Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada era de que pelo menos 60% dos estudantes que terminaram o 2° ano do ensino fundamental na rede pública estivessem alfabetizados até 2024, o número foi de 59,2%.

O Ministério considera uma criança alfabetizada aquela que consegue ler, compreender e tirar conclusões de pequenos textos, tirinhas e histórias em quadrinho, além de conseguir escrever textos simples.

O país também enfrenta um alto índice de analfabetismo funcional. Os dados mais recentes apontam que 3 em cada 10 brasileiros de 15 a 64 anos conseguem apenas ler palavras isoladas, frases curtas, ou apenas identificar números familiares, como contatos telefônicos, endereços e preços.

As taxas de alfabetização oscilam de acordo com diversos fatores, entre eles as mudanças climáticas. Um exemplo são as enchentes no Rio Grande do Sul, que fizeram o número de crianças alfabetizadas cair de 63,4% em 2023 para 44,7% em 2024.

Quando a gente olha a questão da desigualdade social, o acesso à leitura e à escrita, está muito ligado às questões econômicas. Olhar para um país como o nosso extremamente desigual, a gente precisa capacitar professores porque as escolas públicas muitas vezes são a tábua de salvação de muitas crianças que não tem nada. As crianças precisam receber pelo menos o básico que é saber ler e escrever, porque isso sim dá autonomia e promove uma sociedade mais justa”, disse Luciana Brites, CEO do Instituto NeuroSaber e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento. 

O governo federal estabeleceu a meta de aumentar o percentual de alfabetizados a cada ano pelos próximos cinco anos. Em 2030, a meta é que 80% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas.

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