Desafio do governo é garantir apoio para compensar gastos, diz especialista

O ultimato do União Brasil aos seus integrantes que ocupam cargos no governo federal revela uma crescente fragilidade na articulação política da gestão atual. A situação evidencia um cenário complexo para a aprovação de medidas importantes no Congresso Nacional. Thiago Vidal, diretor de análise política da Prospectiva, analisou, durante o WW, as relações do governo.

A questão se torna ainda mais delicada quando se analisa a proposta de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. O desafio não está na aprovação do projeto em si, mas nas medidas compensatórias necessárias para equilibrar as contas públicas, como a tributação sobre lucros e dividendos.

O cenário fiscal apresenta complexidades estruturais, com uma incompatibilidade entre a regra geral das despesas de reajuste real anual e o reajuste dos gastos obrigatórios, que segue indexado às receitas. Esta situação tem pressionado as despesas gerais, já impactadas pelas emendas parlamentares.

A análise aponta que o principal risco não está na obtenção de apoio para votação de agendas no parlamento em 2024, mas sim na capacidade do governo de conseguir respaldo para compensar os gastos previstos até o final da gestão. A situação demanda uma articulação política ainda mais precisa para equilibrar as contas públicas.

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