Deputados reagem após Mesa Diretora pedir apuração

Deputados que foram alvos de denúncias por envolvimento na ocupação do plenário da Câmara usaram as redes sociais para comentar o encaminhamento dos fatos pela Mesa Diretora da Casa à Corregedoria Parlamentar.

Com o encaminhamento, caberá ao corregedor, Diego Coronel (PSD-BA), indicar as punições cabíveis. Depois da análise, os casos devem ser enviados para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Representações encaminhadas pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), à Corregedoria citam nominalmente deputados do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressistas) e Novo. Até o momento, há 14 deputados citados nos encaminhamentos feitos pela Mesa Diretora.

Após o pedido de apuração, a deputada Bia Kicis (PL-DF) compartilhou um vídeo em que diz que os congressistas que participaram da ocupação não podem ser punidos, porque isso significaria romper com precedentes do Congresso Nacional.

Em 2017, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar votou pelo arquivamento da denúncia contra as seis senadoras que ocuparam a Mesa do plenário para tentar impedir a votação da reforma trabalhista.

Marcos Polon (PL-MS) pediu a obstrução dos trabalhos das Câmaras de Vereadores e das Assembleias Legislativas. “Façam seus vereadores pararem as câmara! Façam seus deputados estaduais pararem as assembleias”, escreveu no X.

Veja o que disseram os deputados após o encaminhamento das denúncias à Corregedoria:

Bia Kicis (PL-DF)

A deputada Bia Kicis (PL-DF) defendeu que não cabem punições para os atos cometidos. “Punir seria romper com precedentes do Congresso Nacional”, diz a legenda da publicação da parlamentar nas redes.

“Ninguém tem que ser punido, se a gente levar em consideração o precedente que é muito bem justificado”, afirmou a deputada no vídeo.

Carlos Jordy (PL-RJ)

Já o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que o grupo enfrentará com “coragem” ao episódio.

“Se esse for o preço por enfrentar a ditadura e lutar por liberdade, vamos em frente. É muito pouco perto do que sofrem as vítimas do 8 de janeiro”, escreveu o deputado no X.

Marcel van Hattem (Novo-RS)

Em nota, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) classificou as denúncias como “absurdo”.

“É um absurdo o que o PT e os partidos do governo estão fazendo contra uma manifestação pacífica, com uma série de representações tentando silenciar a oposição. A Mesa Diretora tomou a única atitude possível ao encaminhar o caso à Corregedoria da Casa, para que ela arquive imediatamente todas essas representações”, diz o comunicado.

Nas redes sociais, o parlamentar compartilhou um trecho do hino nacional citando amor à pátria e não “fugir à luta”.

Marcos Polon (PL-MS)

“NÃO SE ILUDAM, não acabou! ESTÁ APENAS COMEÇANDO! Façam seus vereadores pararem as câmara! Façam seus deputados estaduais pararem as assembleias! Quanto ao povo: mandem e ministrem quem manda! AD SUMUS”, escreveu o deputado Marcos Polon (PL-MS).

Nikolas Ferreira (PL-MG)

“O futuro começa hoje, não amanhã, e será construído com o preço de nossos sacrifícios presentes”, publicou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara, publicou: “EXISTE UMA LEI QUE NEM LULA, NEM ALEXANDRE DE MORAES, NEM NINGUÉM ESCAPARÁ. A LEI DA SEMEADURA. ‘Tudo o que o homem plantar, isso também colherá.’
(Gálatas 6:7). Você pode até pensar que está tudo perdido… Mas existe uma lei acima de decretos, ministros e tribunais. E essa lei já está em movimento”.

Zucco (PL-RS)

O deputado Zucco (PL-RS) escreveu no Instagram: “Tentaram nos enterrar, mas esqueceram que somos sementes”.


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