Delegado é preso em Mato Grosso acusado de corrupção e assédio sexual

Delegado é preso em Mato Grosso acusado de corrupção e assédio sexual

Na terça-feira (11), a Polícia Civil de Mato Grosso prendeu o delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, que atuava na Delegacia de Lucas do Rio Verde, a 354 km ao norte de Cuiabá. O policial é investigado por acusações de corrupção passiva, assédio sexual e extorsão.

A prisão preventiva foi decretada pelo juízo da Comarca de Lucas do Rio Verde, após uma representação da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, com parecer favorável do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MP-MT). Além da prisão, foi cumprido um mandato de busca e apreensão na residência do delegado.

A Polícia Civil, em nota oficial, reafirmou seu compromisso com as investigações internas e declarou que o caso segue sendo apurado, sem divulgar mais detalhes até a conclusão da investigação. A Corregedoria-Geral solicitou o afastamento do delegado em 29 de janeiro de 2025, alegando que sua permanência na delegacia poderia prejudicar o andamento das apurações.

Acusações As denúncias contra João Antônio começaram em outubro de 2024 , quando um relatório técnico indic
As denúncias contra João Antônio surgiram em outubro de 2024, quando um relatório técnico indicou seu envolvimento em esquemas de propina e corrupção. O delegado é acusado de ter solicitado R$ 30 milhões a um empresário para não instaurar um inquérito após um acidente de trânsito. Além disso, ele teria recebido R$ 40 mil de um advogado para arquivar um inquérito sobre falsidade ideológica envolvendo documentos de propriedade rural.

As investigações também sugerem que João Antônio usou uma empresa de grãos, de qual seria sócio, para movimentar recursos ilícitos. Além disso, ele transferiu um inquérito de responsabilidade de outro delegado para terceiros beneficiários.

Além das acusações de corrupção, o delegado também é investigado por assédio sexual. Ele teria sido assessorado por um servidor delegado, que foi exonerado após fazer uma denúncia. No entanto, não houve apuração imediata do caso, pois houve proximidade entre o delegado acusado e a delegada titular da unidade, o que impediu a continuidade das investigações na época.

João Antônio negou todas as acusações e afirmou que aguardará uma notificação oficial para se manifestar sobre o caso. Sua defesa ainda não se pronunciou sobre a decisão de prisão.

O caso segue sendo acompanhado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, com expectativa de que novas informações sejam divulgadas conforme a investigação avançada.