A decisão da Justiça da Itália sobre a extradição da ex-deputada federal Carla Zambelli foi adiada após um pedido de sua defesa por mais tempo para análise, durante audiência nesta quinta-feira (18). O tribunal marcou uma nova sessão para deliberar sobre o caso em 20 de janeiro.
Os advogados argumentam que receberam somente na noite de quarta-feira (17) documentos enviados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que relata os processos envolvendo Zambelli.
Tais documentos trazem detalhes sobre as condições da penitenciária Colmeia do Distrito Federal, onde a ex-deputada ficará presa, caso seja extraditada.
Condenada pelo STF em dois processos, Zambelli está presa em Roma desde 29 de julho. A ex-parlamentar foi para a Itália após ser condenada a dez anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Posteriormente, ela também foi condenada a cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma.
Na semana passada, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que Zambelli havia renunciado ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do STF para que o suplente assumisse o cargo em 48 horas.