A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão por participar de um plano de golpe de Estado, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorização para que o ex-chefe do Executivo receba uma visita diária do seu fisioterapeuta.
Bolsonaro está preso na Superintendência da PF (Polícia Federal), em Brasília, desde 22 de novembro. Por conta de seus problemas de saúde, o ex-presidente passou nesta quarta-feira (17) por exames de perícia para que possa receber uma cirurgia de hérnia inguinal, que está relacionada às suas crises de soluço.
Assinado pelos advogados Paulo Bueno, Celso Vilardi e Daniel Tesser, o pedido cita recomendações do médico cirurgião Claudio Birolini para a realização de sessões diárias de fisioterapia respiratória e motora.
Segundo o pedido, as sessões teriam mais de um objetivo e serviriam tanto para a manutenção do condicionamento físico do ex-presidente quanto para a sua a readequação postural.
“O referido relatório é categórico ao afirmar que a fisioterapia não possui caráter eletivo, mas terapêutico essencial, advertindo que a interrupção ou irregularidade do tratamento compromete os ganhos já obtidos e expõe o paciente a risco concreto de regressão funcional e agravamento clínico”, diz a peça.
Os advogados solicitam ao ministro, que é relator das ações que resultaram na condenação de Bolsonaro, para que o tratamento seja realizado uma vez por dia e em dias úteis, durante o horário padrão de funcionamento da superintendência.
Desde que recebeu uma facada durante as eleições de 2018, Bolsonaro apresenta uma série de problemas de saúde. O ex-chefe do Executivo tem crises de soluço frequentes e foi diagnosticado com esofagite, uma inflamação na região do esôfago.