O advogado de Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Renato Cintra, afirmou nesta terça-feira (2) que as postagens públicas do deputado federal em defesa do voto auditável e impresso não eram orientações ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Era uma defesa de uma pauta que Alexandre Ramagem, certo ou errado, defendeu”, disse Cintra.
A defesa menciona ainda que após a rejeição da proposta pela Câmara dos Deputados, Ramagem não fez mais alusão ao “voto auditável”.
Durante a sustentação da defesa, a ministra do STF, Cármen Lúcia, que também preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), rebateu o advogado pelo uso do termo “auditável” para se referir ao voto impresso. A ministra enfatizou que a auditoria eletrônica acontece desde 1996 e passa por várias fases.
“Que fique claro, o processo eleitoral brasileiro é auditável, integro e perfeitamente seguro”, disse Cármen Lúcia.
Quem são os réus do núcleo 1?
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o núcleo crucial do plano de golpe conta com outros sete réus:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro; e
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, candidato a vice-presidente em 2022.