Decisão acirra “tensões políticas”, diz Castro após condenação de Bolsonaro

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), comentou nesta quinta-feira (11) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por golpe de Estado e outros crimes relacionados, como organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Nas redes sociais, Castro, aliado e colega de partido do ex-presidente, escreveu que hoje é “um dia infeliz” que “jamais será esquecido pelos brasileiros”.

Um dia infeliz que jamais será esquecido pelos brasileiros. A decisão acirra as tensões políticas nacionais e aprofunda a divisão entre os brasileiros“, disse o governador em uma publicação no X.

A declaração também segue à do também governador e ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Na mesma plataforma, Tarcísio escreveu que o resultado do julgamento “já era conhecido.”

“Se não se pode transigir com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas. O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido”, publicou o governador paulista.

Condenação de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado nesta quinta pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado.

Além disso, ele também foi condenado a 124 dias-multa, no valor de dois salários mínimos o dia.

O ministro relator, Alexandre de Moraes, votou pela pena, considerando o agravamento de liderar organização criminosa e atenuantes, em todos os crimes, em razão da idade avançada do ex-presidente.

Ele foi acompanhado por Flávio DinoCármen Lúcia e Cristiano ZaninLuiz Fux, por ter votado pela absolvição de Bolsonaro, decidiu não participar da definição de pena.

Ele foi condenado pelos seguintes crimes:

  • organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e ameaça grave; e
  • deterioração de patrimônio tombado.

Mesmo com a definição da pena, ainda cabe recurso da decisão, o que significa que Bolsonaro e os outros réus não serão presos de imediato.

Além de Bolsonaro, foram condenados, com outras penas:

  • Alexandre Ramagem, deputado federal (PL-RJ) e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
  • Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro;
  • e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, e candidato a vice-presidente em 2022.


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