O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), comentou nesta quinta-feira (11) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por golpe de Estado e outros crimes relacionados, como organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Nas redes sociais, Castro, aliado e colega de partido do ex-presidente, escreveu que hoje é “um dia infeliz” que “jamais será esquecido pelos brasileiros”.
“Um dia infeliz que jamais será esquecido pelos brasileiros. A decisão acirra as tensões políticas nacionais e aprofunda a divisão entre os brasileiros“, disse o governador em uma publicação no X.
A declaração também segue à do também governador e ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Na mesma plataforma, Tarcísio escreveu que o resultado do julgamento “já era conhecido.”
“Se não se pode transigir com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas. O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido”, publicou o governador paulista.
Reafirmo meu total apoio ao presidente Bolsonaro. Queridos Flavio Bolsonaro, Eduardo, Michele, Renan, Carlos e Laura, se vocês choram por um pai, o Brasil chora pelo nosso presidente. Força!
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) September 12, 2025
Condenação de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado nesta quinta pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado.
Além disso, ele também foi condenado a 124 dias-multa, no valor de dois salários mínimos o dia.
O ministro relator, Alexandre de Moraes, votou pela pena, considerando o agravamento de liderar organização criminosa e atenuantes, em todos os crimes, em razão da idade avançada do ex-presidente.
Ele foi acompanhado por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Luiz Fux, por ter votado pela absolvição de Bolsonaro, decidiu não participar da definição de pena.
Ele foi condenado pelos seguintes crimes:
- organização criminosa armada;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e ameaça grave; e
- deterioração de patrimônio tombado.
Mesmo com a definição da pena, ainda cabe recurso da decisão, o que significa que Bolsonaro e os outros réus não serão presos de imediato.
Além de Bolsonaro, foram condenados, com outras penas:
- Alexandre Ramagem, deputado federal (PL-RJ) e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro;
- e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, e candidato a vice-presidente em 2022.