O ex-ministro da Secom (Secretaria de Comunicação) e deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) foi designado pelo Executivo para coordenar a atuação da base governista na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), instalada nesta quarta-feira (20), no Congresso Nacional.
Pimenta foi convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma reunião no Palácio da Alvorada, no fim da tarde de hoje, após o governo sair derrotado na escolha pela presidência e pela relatoria da comissão.
Em entrevista coletiva, o ex-ministro minimizou a derrota e disse que o governo vai atuar para buscar o autor intelectual da fraude do INSS.
¨Nós somos os maiores interessados em apurar todos os processos, entender onde que foi facilitado o credenciamento de instituições fantasmas, onde mudaram regras e procedimentos que permitiram o credenciamento de instituições que nunca poderiam ter sido credenciadas, quais foram as regras e quem mudou para facilitar essa quantidade enormes de pessoas que foram incluídas nos cadastros”, disse Pimenta.
Mais cedo, Lula já tinha tido uma conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Em outra frente, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, convocou uma reunião com lideranças governistas para cobrar explicações sobre a falha na articulação, avaliar o cenário e traçar os próximos passos.
Entenda o caso
A reviravolta no resultado da votação para o comando da CPMI da INSS terminou com o senador Carlos Viana (Podemos-MG) assumindo a presidência da comissão. A relatoria ficou com o deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
A oposição conseguiu derrotar as indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O senador Omar Aziz (PSD-AM), que era o indicado de Alcolumbre, recebeu 14 votos — três a menos que Viana. Após o resultado, o mais votado designou Gaspar no lugar da indicação de Hugo Motta, que era Ricardo Ayres (Republicanos-TO).