Correios enviam plano de reestruturação, e Haddad descarta aporte

Os Correios enviaram a nova versão do seu plano de reestruturação financeira ao Tesouro Nacional. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a tomada de crédito pela estatal foi negociada com o grupo de bancos dentro das regras pré-estabelecidas.

Entre os critérios exigidos pelo Tesouro Nacional para entrar como avalista da operação, está negociar uma taxa de juros dentro do limite de 120% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

“Fizemos uma negociação com o pool de bancos que estariam dispostos a entrar no financiamento, dentro das regras pré-estabelecidas, sem romper o teto que estabelecemos”, disse Haddad. 

A estatal estima levantar cerca de R$ 12 bilhões em crédito por meio do seu plano de reestruturação financeira, o qual aguarda aval do Tesouro Nacional. Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander compõem o grupo de bancos que estão negociando um empréstimo aos Correios. 

No início de dezembro, a União reprovou uma outra operação de crédito dos Correios por considerar excessivos os juros pedidos pelo bancos. À época, as instituições financeiras aceitaram fazer a operação de R$ 20 bilhões com juros de 136%, muito acima do limite de 120% do CDI.

Diante da negativa, um aporte direto do Tesouro Nacional para cobrir parcialmente o rombo estava sendo considerado. No entanto, Haddad informou que o governo descarta, por ora, a necessidade de um aporte financeiro na estatal diante do novo plano enviado ao Tesouro Nacional.

“Se fechar a taxa corretamente e o plano for validado pelo Tesouro, está feito [o negócio com os bancos]”, disse o ministro.

Entenda

Os Correios registram um prejuízo superior a R$ 6 bilhões, no período acumulado de janeiro a setembro de 2025.

Diante da sua situação financeira, a empresa busca soluções para reequilibrar as contas, pagar dívidas e honrar os salários dos funcionários.

Para alcançar esse objetivo, os Correios elaboraram um plano de reestruturação que prevê, entre outras medidas, o fechamento de agências, a venda de imóveis e um programa de demissão voluntária — com potencial de desligar cerca de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027.

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