A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que a COP30 será diferente de outras edições do evento, pois a discussão estará mais focada em como cumprir a meta de manter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C do que em estabelecer metas novas.
“A COP30 vai ter que se debruçar sobre implementação. E implementação tem a ver com o que já foi decidido“, disse a ministra em entrevista à CNN Brasil. “Há a necessidade de que possamos sair mandatados para fazer o mapa do caminho para transicionar para longe dos combustíveis fósseis.”
Marina Silva disse que o “Roteiro de Baku a Belém”, documento divulgado pela presidência brasileira da COP30 nesta quarta (5), trata sobre essas questões. “Não é só estabelecer indicadores para adaptação, é preciso ter os meios de implementação e financiamento”, falou Marina.
“A COP30 é uma COP desafiadora, porque além de criar mecanismos para evitar o ponto de não retorno em relação ao clima, é preciso criar as bases para evitar o ponto de não retorno no multilateralismo climático. Que é dar confiança, previsibilidade, indicadores de esforços que, de fato, o que decidimos ao longo de 30 anos, a partir de agora será implementado”, acrescentou a ministra.
*Publicado por Fernanda Pinotti. Entrevista de Gustavo Uribe