COP30: Moradores do Marajó se reúnem para discutir crise climática

Moradores do arquipélago do Marajó iniciariam uma grande mobilização para colocar a região no centro do debate climático mundial.

A iniciativa, que começou ontem (25), faz parte do seminário “Marajó na COP30” e segue nesta sexta-feira (26) no município de Ponta de Pedras (PA), onde moradores, lideranças tradicionais, pesquisadores e gestores públicos se reúnem para discutir os impactos da crise climática no território e formular propostas de adaptação e resiliência.

O evento é promovido pelo movimento “Marajó Existe e Resiste”, criado para dar visibilidade ao arquipélago e à luta histórica de sua população frente às questões climáticas.

A iniciativa busca afirmar o papel das comunidades marajoaras como protagonistas nas soluções para o meio ambiente, aliando ciência e saberes tradicionais.

Durante os dois dias de encontro, serão debatidos temas como a vulnerabilidade socioambiental do Marajó, a necessidade de financiamento para ações prioritárias e a valorização da cultura local como ferramenta de resistência.

Ao final, os participantes vão aprovar uma Carta Manifesto, que será apresentada na COP30, em Belém, como contribuição direta do povo marajoara às discussões globais sobre justiça climática. Entre os resultados esperados estão a sensibilização da população e gestores públicos sobre a gravidade da crise climática, o empoderamento das comunidades locais e a formulação de propostas de políticas públicas inclusivas e eficazes.

A carta também deverá reforçar a importância da cultura e dos modos de vida marajoaras como elementos centrais da resiliência, além de fomentar conexões entre pescadores, pesquisadores, ativistas e gestores.

Segundo os organizadores, o seminário é um marco de articulação política e social no território, com potencial de atrair recursos e apoio institucional para projetos de adaptação climática e fortalecimento do turismo comunitário e científico no Marajó.

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