A Saab utilizará linhas de produção tanto na Suécia quanto no Brasil para servir um contrato assinado recentemente para a venda de caças Gripen à Colômbia, disse à Reuters o presidente da companhia sueca, Micael Johansson.
A empresa anunciou na semana passada a assinatura do contrato avaliado em 3,1 bilhões de euros com o governo colombiano para a entrega de 17 Gripens nos próximos cinco anos.
“Sim, o contrato que assinamos na sexta-feira passada (14) com a Colômbia será apoiado pela linha na Suécia e a partir do Brasil”, disse Johansson em uma entrevista no Canadá. “Isso é parte do contrato, sim.”
O executivo não especificou quantos aviões viriam de cada linha de montagem.
A linha de montagem brasileira do caça foi inaugurada em 2023 em uma fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP), e a Saab já havia indicado que buscaria utilizá-la como centro de exportação, visando vendas para países como Colômbia e Peru.
O Brasil assinou em 2010 um acordo para a compra de 36 caças Gripen que previa a produção de 15 aviões no Brasil por meio de um acordo de transferência de tecnologia. No ano passado, o governo revelou planos para ampliar o contrato inicial em 25%.
Em uma entrevista à Reuters em outubro, o presidente da Embraer Defesa, Bosco da Costa Júnior, confirmou que a empresa estaria pronta para contribuir com a Saab no caso de um acordo para exportações de caça a partir do Brasil.
“A Saab tem olhado a gente como uma solução de aumento da capacidade de entrega dela, e eu sei que a Saab tem contado com a gente em algumas campanhas que eles têm ao redor do mundo”, disse Costa na ocasião.
“Nós estamos super motivados e super próximos da Saab pra ser solução”, ele acrescentou.