Mais uma companhia aérea anunciou a suspensão de voos para a Venezuela: a colombiana Satena, que citou riscos à segurança operacional.
“Devido a recentes avisos oficiais sobre interrupções na navegação aérea no Caribe, foi tomada a decisão de suspender temporariamente as operações para a Venezuela”, explica a empresa em comunicado desta quinta-feira (4).
“Esta medida responde a relatos confirmados de interferência nos sistemas de navegação por satélite utilizados pelas aeronaves”, adicionou.
Outras duas companhias anunciaram suspensão temporária na operação na Venezuela nesta semana. A Copa Airlines, do Panamá, e a Wingo, da Colômbia (que é controlada pela Copa), citaram “problemas intermitentes com um dos sinais de navegação” relatados pelos pilotos.
As empresas ponderaram que isso não compromete a segurança operacional, mas não vão operar até esta sexta-feira (5).
A venezuelana Laser Airlines, por sua vez, informou o cancelamento de voos entre Caracas e Madri, na Espanha, por “motivos de força maior”.
A crise de aviação na Venezuela inclui a suspensão de voos da Iberia, TAP, Avianca, Latam Colombia, Turkish Airlines e Gol, cujas licenças de operação foram revogadas pelo regime venezuelano, que as acusou de “participar dos atos de terrorismo” promovidos pela Casa Branca.
Por sua vez, a Boliviana de Aviación, assim como as companhias aéreas locais Avior e a estatal Conviasa, continuam operando normalmente no país sul-americano.
Essa crise foi desencadeada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que as empresas deveriam considerar o espaço aéreo venezuelano fechado.
Antes do alerta dos EUA em novembro, a Venezuela tinha 105 voos internacionais semanais para 16 destinos e 12 companhias aéreas internacionais operando no país, segundo dados fornecidos à agência de notícias EFE pela ALAV (Associação Venezuelana de Companhias Aéreas).
*com informações da Reuters