Em uma cerimônia com música e sobrevoo de aeronaves, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman na Casa Branca nesta terça-feira (18).
Com essa ida aos EUA, o governante “de fato” da Arábia Saudita busca melhorar ainda mais sua imagem após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, radicado nos Estados Unidos, e estreitar os laços com Washington.
Em sua primeira visita à Casa Branca em mais de sete anos, bin Salman foi recebido com pompa, em um evento presidido por Trump.
Espera-se que as conversas entre os dois líderes abordem a área da segurança, a cooperação nuclear civil e acordos comerciais multimilionários com o reino do Oriente Médio.
De toda forma, é improvável que os EUA consigam avançar com a normalização das relações da Arábia Saudita com Israel.
Bin Salman se reunirá com Trump no Salão Oval da Casa Branca, almoçará na Sala do Gabinete e participará de um jantar formal de gala à noite.
Os Estados Unidos e a Arábia Saudita devem fechar acordos nesta terça para vendas de equipamentos de defesa, cooperação reforçada em energia nuclear civil e um investimento bilionário em infraestrutura de inteligência artificial nos EUA, disse uma fonte à agência de notícias Reuters sob condição de anonimato.
Na segunda-feira (17), Trump afirmou a repórteres que vai vender caças F-35 para a Arábia Saudita, que solicitou a compra de 48 dessas aeronaves avançadas.
Esta seria a primeira venda de caças F-35 dos EUA para o país do Oriente Médio e representaria uma mudança significativa na política externa americana.
O acordo poderia alterar o equilíbrio militar na região e testar o que os EUA chamam de “vantagem militar qualitativa” de Israel. Até então, Israel é o único país do Oriente Médio a possuir o F-35.