O Chevrolet Tracker 2026 chega ao mercado com necessárias novidades visuais e tecnológicas para se manter o disputado segmento dos SUVs compactos. O modelo recebe nova frente, telas digitais aprimoradas e uma atualização mecânica num item quem tem gerado polêmica entre consumidores. O modelo parte dos R$ 119.990 e tem ainda uma edição especial para comemorar 100 anos de General Motors no Brasil. CNN Auto acelerou o carro e conta tudo para você!
A principal novidade do Tracker 2026 está na dianteira: o SUV da Chevrolet recebe novo conjunto óptico dividido em dois andares: na parte superior, luz de rodagem diurna, enquanto os faróis são posicionados na parte interior. Além disso, o carro agora conta com conjunto Full LED em todas as versões. A dianteira tem ainda nova grade com um elemento horizontal que a divide em duas partes e o para-choque tem novas entradas laterais. Visualmente, ficou mais atualizado e alinhado com recentes lançamentos da marca.
Na lateral, novas rodas de liga de leve até 17″ ou calotas para cada versão. A versão esportiva RS tem acabamento em preto, enquanto a Premier ostenta visual diamantado. As calotas da LT são do tipo envolvente, que simulam liga-leve. Na traseira, o modelo ganhou lanternas com lente cristal, enquanto rodas redesenhadas ajudam a diferenciar as versões. A estética é marcada por elementos que buscam não apenas impacto visual, mas também eficiência.
Há também a série especial 100 Anos, alusiva ao centenário da marca no país. Derivada e com o mesmo preço da versão RS, tem cor azul exclusiva combinando com tons cinza nas rodas e bancos. Há emblemas de 100 anos na coluna B e tampa traseira, além de taptes e soleiras comemorativas. Serão apenas 1.000 unidades.
Chevrolet Tracker ganha novo design e mais tecnologia • Fábio Gonzalez/Divulgação
Mais tecnologia
Internamente, o Tracker 2026 traz novo painel de instrumentos digital de 8 polegadas e central multimídia de 11 polegadas com sistema MyLink atualizado, compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. O sistema conta com Wi-Fi nativo, carregador por indução e serviços conectados via app myChevrolet, como partida remota e travamento das portas.
O acabamento da cabine foi revisto com novos materiais e bancos redesenhados, incluindo estrutura interna otimizada, espumas de densidade variável e suporte lombar aprimorado. De fato os assentos estão mais confortáveis, conforme apuramos em viagem entre Confins e Ouro Preto.
As cores e elementos variam de acordo com a versão, com a versão Premier com acabamentos em bege, enquanto a RS aposta em elementos em vermelho. Nesse último caso, impressão que o tom ficou exagerado. O Tracker não oferece freio de estacionamento eletrônico, item achado em concorrentes como Nissan Kicks e Honda HR-V.
Comportamento dinâmico ficou melhor
Na parte mecânica, o Tracker 2026 manteve as motorizações 1.0 Turbo (115 cv) e 1.2 Turbo (141 cv), ambas com câmbio automático de seis marchas. A versão RS, topo de linha, utiliza o propulsor maior, com torque de 219 Nm e aceleração de 0 a 100 km/h em 10,6 segundos. O consumo declarado é de até 13,8 km/l com gasolina na estrada, segundo o Inmetro.
Foi justamente essa última que CNN Auto andou nas estradas de Minas Gerais. O motor já havia ficado mais esperto no começo de 2025 graças a introdução do sistema de injeção direta de combustível: passou de 133 cv para 141 cavalos, com redução das emissões de poluentes. Em acelerações e subidas, não titubeou, claro dentro dos limites da proposta do modelo.
A suspensão e a direção elétrica foram recalibradas e de fato melhoraram o conforto em piso irregular e a firmeza em alta velocidade. O Tracker fica devendo por não possuir o Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC) na parte de segurança.
Uma polêmica envolvendo os motores da Chevrolet permanece. Tanto Tracker quanto Onix permanecem com a correia dentada banhada a óleo. Caos têm sido registrados em que a peça arrebenta, provocando dano grave ao motor. Porém, segundo a marca, isso acontece com clientes que não utilizaram óleo recomendado. Nessa linha 2026, a tecnologia permanece, mas trata-se de uma peça mais resistente.
“A correia tem uma durabilidade de 240 mil quilômetros e está dentro do plano de manutenção do carro, sem necessidade de troca fora desse período. É uma solução moderna, adotada por várias montadoras e não apenas pela GM”, afirma Gabriel Alabarse, gerente de marketing da montadora.
O Chevrolet Tracker 2026 recebe o famoso facelift de meia vida para se manter competitivo, incorporando avanços técnicos pontuais que fazem diferença na experiência de uso. O SUV segue como uma escolha racional, sobretudo nas versões iniciais. Mas por R$ 190 mil na RS, esbarra em concorrentes com novas gerações.
