O chanceler alemão, Friedrich Merz, acusou nesta quarta-feira (17) o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de assassinato e de tentar desestabilizar o ocidente testando seus limites e realizando sabotagem, falando em um debate parlamentar onde entrou em choque com a oposição de ultradireita.
Merz afirmou que as recentes incursões russas no espaço aéreo polonês e romeno fazem parte de uma tendência de longa data de testar as fronteiras do ocidente.
“Putin vem testando as fronteiras há muito tempo, ele está sabotando. Ele está espionando, está assassinando, está tentando nos perturbar. A Rússia quer desestabilizar nossas sociedades”, disse Merz.
O chanceler alemão declarou que a rendição da Ucrânia à Rússia era inaceitável.
“Uma paz imposta, uma paz sem liberdade, encorajaria Putin a buscar seu próximo alvo”, falou ele.
Merz também já havia criticado Putin como um criminoso de guerra, levando o Kremlin a dizer que as opiniões do líder alemão sobre as negociações de paz na Ucrânia deveriam ser desconsideradas.
O governo russo nega que suas forças tenham cometido crimes de guerra na Ucrânia e também rejeitou as alegações de Yulia Navalnaya, esposa do falecido líder da oposição russa Alexei Navalny, de que seu marido foi assassinado na prisão, como absurdas.
O apoio alemão à Ucrânia atraiu críticas do partido de ultradireita AfD (Alternativa para a Alemanha), cuja líder, Alice Weidel, acusou Merz nesta quarta-feira (17) de “se passar por um político global e senhor da guerra”.
Jens Spahn, aliado de Merz, por sua vez, disse que Weidel estava se tornando uma “quinta coluna” da Rússia.