Cerca de 17% das ciclovias de SP têm largura insegura para ciclistas

Na cidade de São Paulo, cerca de 17% da rede de ciclofaixas têm largura que compromete a segurança dos ciclistas e demanda uma readequação, de acordo com um levantamento do gabinete da vereadora Renata Falzoni (PSB).

Durante seis meses, foram avaliados os 735,7 km da malha cicloviária, em cinco aspectos: condições da sinalização horizontal (pintura e tachões), largura, pavimento, situação das interseções e dos semáforos. Cerca de 160 ciclistas participaram de modo voluntário para avaliar a rede.

Os dados mostram que apenas 51% dos semáforos foram considerados plenamente seguros para a travessia de ciclistas. Os demais apresentam falhas que vão da falta de foco para quem pedala à ausência de tempo suficiente para a travessia, de acordo com o estudo.

Os resultados já foram encaminhados à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e à Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), segundo o gabinete da vereadora. O objetivo é subsidiar políticas públicas que fortaleçam a mobilidade ativa e incentivem a transição para modos de transporte mais sustentáveis.

Sobre as chamadas interseções, sejam elas cruzamentos ou locais em que o caminho de outro modal se encontre com uma ciclovia, os auditores cidadãos, que participaram da avaliação das ciclofaixas, avaliaram de modo positivo: 78% estão em estado bom ou razoável, ainda que 22% exijam atenção imediata, principalmente nas periferias.

Apesar da insegurança quanto à largura, 84% da rede está em condição boa ou razoável, com relação à sinalização horizontal, que são os tachões, linhas e todas as marcas que orientam quem pedala. Destes, 38% passaram no crivo da Auditoria Cidadã por estarem em locais de condição “excepcional” — tolerados por limitações de espaço, aplicada em casos pontuais e requer justificativa para ser tão estreita.

A CNN procurou a prefeitura de São Paulo, veja a nota na íntegra: 

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SEMTRA) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) têm ciência dos dados do relatório elaborado pelos ciclistas. A CET aguarda a entrega formal do documento atualizado para que vistorias sejam realizadas para avaliar a necessidade de intervenção e inclusão na programação de manutenção. O planejamento das intervenções leva em consideração informações do Conselho Municipal

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