A Justiça de São Paulo absolveu Daniela Cristina de Medeiros Andrade, mãe de Fernando Sastre Filho, proprietário do Porsche envolvido em um acidente fatal na zona Leste de São Paulo em março de 2024, da acusação de ter retirado bebidas alcóolicas de dentro do carro por falta de provas. A decisão foi proferida no último dia 12 de novembro.
As testemunhas ouvidas disseram não ter visto Daniela pegar as garrafas no veículo. Além disso, a juíza argumenta que os policiais militares chegaram no local após o ocorrido e não teriam ciência do que de fato ocorreu.
O caso ocorreu na madrugada do domingo de Páscoa, na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, na zona leste de São Paulo.
Fernando Sastre Filho dirigia o Porsche que bateu a cerca de 156 km/h na traseira do Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana. O limite para a via é de 50 km/h.
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Os policiais que atenderam a ocorrência permitiram que o empresário deixasse o local com ajuda da mãe, que disse que iria levar o filho ao hospital. Quando os agentes foram até ao hospital para fazer o teste do bafômetro e colher a versão do acidente, não encontraram nenhum dos dois.
Segundo sindicância da PMESP (Polícia Militar do Estado de São Paulo), os agentes erraram ao não fazer o teste do bafômetro no empresário logo após o acidente.
O condutor do veículo de luxo, porém, se apresentou no 30º Distrito Policial do Tatuapé, zona leste da capital, quase 40 horas depois da ocorrência, no dia 1° de abril – mesmo dia em que Viana foi enterrado em Guarulhos, na Grande São Paulo.
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Sastre está preso desde maio do ano passado na penitenciária de Tremembé, no interior paulista, e responde por homicídio qualificado por “perigo comum” com dolo eventual e lesão corporal grave.
*Sob supervisão de Tonny Aranha