Caso Buzeira: Justiça nega pedido de habeas corpus de defesa do influencer

O TRF3 (Tribunal Regional da 3ª Região) negou o pedido de habeas corpus da defesa do influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido nas redes sociais como “Buzeira”, preso pela PF (Polícia Federal) em uma operação contra lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas. A decisão é de segunda-feira (17).

O advogado do influencer, Jonas Reis, alegou no pedido que a prisão de Buzeira teria sido desproporcional e que teria se baseado apenas em conversas de WhatsApp.

Além disso, disse que a autoridade policial concluiu “de forma precipitada e especulativa, que tais mensagens poderiam indicar algum envolvimento indireto com organização criminosa, conclusão destituída de respaldo fático ou jurídico.”

Quem é Buzeira, influencer com 15 milhões de seguidores preso pela PF

Outro ponto destacado pela defesa foi a alegação de que Buzeira nunca foi flagrado em posse de armas, drogas ou valores ilícitos. 

Porém, para a juíza Raecler Baldresca, relatora do HC, a prisão do influenciador está “suficientemente fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública, considerando a gravidade da conduta delituosa e as circunstâncias em que ocorreu, demonstrando a suposta prática do crime de lavagem de dinheiro.” 

No documento da negativa, ainda é destacado pela juíza que Buzeira responde a outras ações criminais na Justiça Estadual. Uma delas é por tráfico de drogas; e a outra por lavagem de dinheiro e jogo de azar.

A CNN Brasil tenta contato com a defesa do influenciador para um posicionamento oficial. Nas redes, o advogado Jonas Reis disse que “a defesa continuará em busca da verdade dos fatos”. 

Entenda a prisão de Buzeira

influenciador foi preso no dia 14 de outubro durante uma operação da Polícia Federal contra um esquema de lavagem de dinheiro com o uso de bets vinculado ao tráfico internacional de drogas. Buzeira foi detido em Igaratá (SP).

As investigações da polícia indicam que o grupo criminoso alvo da operação usava técnicas sofisticadas de lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras em criptomoedas e envio de capitais de um país para outro. As ações eram feitas para ocultação da origem ilícita dos valores e dissimulação patrimonial.

A corporação investiga ainda que parte dos valores movimentados teria sido direcionada para estruturas empresariais vinculadas ao setor de apostas eletrônicas, conhecidas como Bets. Além dos mandados, também há o bloqueio de bens e valores, que somam mais de R$ 630 milhões.

*Sob supervisão de Tonny Aranha

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