O corpo da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, que morreu na sexta-feira (11), aos 83 anos, foi velado e sepultado neste sábado (12), no Cemitério São João Batista, na zona sul do Rio de Janeiro.
O velório aconteceu na Igreja de São João Batista, que fica dentro do local, às 11h. O sepultamento, por sua vez, começou às 15h.
Augusta morreu vítima de falência múltipla de órgãos. Ela estava internada no Hospital São Lucas, em Copacabana, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, desde junho e tratava um câncer.
Relembre a trajetória de Maria Augusta
Maria Augusta chegou ao Carnaval por intermédio de Pamplona e Arlindo, que foram seus professores na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e lideravam a equipe criativa dos Acadêmicos do Salgueiro. Ao lado dos mestres, Augusta assinou o desfile “Festa Para um Rei Negro”, de 1971, que foi campeão daquele ano e entrou para a história com o samba conhecido pelo refrão “Olelê, olalá/Pega no ganzê/Penga no ganzá”.
Por lá, Augusta ainda assinaria os desfiles de 1973 e 1974; neste, inclusive, conquistando seu segundo título ao lado de Joãosinho Trinta. Neste ano, a carnavalesca foi homenageada pela escola-mirim, a Aprendizes do Salgueiro, com o enredo “Uni-duni-tê, o Aprendizes escolheu você!”.
A artista também teve passagem marcante pela União da Ilha do Governador, onde ajudou a criar a identidade da escola insulana com enredos em formato de crônica, que versavam sobre o cotidiano do carioca. “Domingo” e “O Amanhã” foram os mais célebres, e renderam dois dos mais clássicos sambas da história. Ela também chegou a assinar um desfile na Beija-Flor de Nilópolis, em 1993.
Além da atuação como carnavalesca, Augusta também foi figura fundamental dos bastidores da folia, atuando como comentarista das transmissões da TV Globo e como membro do júri do Estandarte de Ouro, a mais importante premiação do Carnaval do Rio.