O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento do câncer de próstata, mas o receio de procurar atendimento urológico ainda persiste entre muitos homens. Durante participação no CNN Sinais Vitais, Dr. Joaquim Francisco de Almeida Claro, responsável pela Divisão de Urologia do Hospital Brigadeiro, detalha que “esta resistência vai contra a importância do rastreamento, que é essencial para aumentar as chances de cura da doença”.
Houve uma mudança significativa nas últimas décadas no cenário do diagnóstico. “Se antes 80% dos casos de câncer de próstata eram identificados tardiamente, hoje essa proporção se inverteu: mais de 80% são descobertos em fase inicial, quando o tratamento é mais efetivo e a cura é possível”, afirma o especialista.
O acompanhamento anual inclui dois exames principais: o toque prostático e o PSA (Antígeno Prostático Específico). O PSA é uma proteína produzida pela próstata que, embora possa se elevar por diferentes razões, é um importante indicador para a detecção do câncer.
A combinação do exame de PSA com o toque prostático, complementada por outros exames quando necessário, permite a identificação precoce do câncer de próstata. “Os homens que não procuram esse diagnóstico precoce, estão fadados a, eventualmente, não conseguirem a cura dessa doença”, conclui Claro.