A semana termina com um alívio no setor de exportação de proteína animal.
O Canadá anunciou a reabertura de seu mercado para a carne de frango do Brasil, encerrando o ciclo de retomadas iniciado após a detecção de um caso isolado de influenza aviária de alta patogenicidade em uma granja do Rio Grande do Sul, em maio deste ano.
O comunicado foi feito ao Ministério da Agricultura e Pecuária e confirmado pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
Segundo a entidade, o anúncio canadense marca o fim de todas as restrições impostas por parceiros comerciais ao produto brasileiro desde o episódio sanitário.
“A reabertura do Canadá conclui um processo exemplar de gestão sanitária e diplomática. O Brasil atuou com transparência, rigor técnico e agilidade, demonstrando a solidez do seu sistema de defesa agropecuária e a maturidade das suas relações internacionais”, afirmou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
A ABPA destacou ainda o papel do Ministério da Agricultura na coordenação das ações técnicas e diplomáticas que permitiram a retomada dos embarques.
“Foi um trabalho altamente coordenado, com liderança do ministro Carlos Fávaro e atuação decisiva dos secretários Luís Rua e Carlos Goulart. O diálogo permanente com os parceiros internacionais e com o setor produtivo foi fundamental para esse resultado”, observou Santin.
No mesmo dia, o governo do Japão confirmou ao Ministério da Agricultura que realizará, em março de 2026, uma auditoria no sistema sanitário brasileiro de carne bovina — etapa central no processo de abertura do mercado japonês ao produto nacional.
A missão técnica será conduzida por especialistas do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, com foco na avaliação de riscos e sem vistoria direta em frigoríficos.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, explicou que a iniciativa faz parte do protocolo sanitário bilateral em negociação entre os dois países.
A auditoria ocorre após o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação — condição exigida pelo governo japonês para avançar nas tratativas.
O Japão é considerado um mercado estratégico para carnes de maior valor agregado e reconhecido por seus elevados padrões sanitários.
A expectativa do governo brasileiro é que as etapas técnicas sejam concluídas ao longo de 2026, abrindo caminho para que a carne bovina nacional chegue a um dos destinos mais exigentes do mundo.
*Com informações do Estadão Conteúdo e da Reuters