Ao comentar sobre a megaoperação que ocorreu no Rio de Janeiro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), falou sobre projetos do governo federal relacionados à segurança pública e rebateu comparações feitas com outras operações.
“Não sei de nenhum escritório da Faria Lima que tenha fuzil e nem drone, como foi atingido os policiais. A Faria Lima vai ter drone com bomba? Vai ter fuzil .50? Vai ter calibre 7,62? Então você vê que é uma propaganda fake”, afirmou, referindo-se a críticas e comparações feitas sobre segurança.
Uma megaoperação realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) em agosto deste ano mirou um esquema de fraudes no setor de combustíveis com participação de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Diversos mandados foram cumpridos na Avenida Faria Lima, principal centro financeiro do país. O PCC usava instituições financeiras, incluindo fintechs e fundos de investimento, como parte da engrenagem de lavagem de dinheiro.
Na mesma coletiva, que reuniu governadores de direita, Romeu Zema, governador de Minas Gerais, afirmou que a megaoperação no Rio — que terminou com 121 mortes — deveria ser considerada extremamente “bem-sucedida”
Ele lamentou a morte de quatro agentes durante a operação e elogiou o planejamento da ação. “Na minha opinião, uma operação extremamente bem planejada e bem sucedida”, disse.
Segundo o governador, o crime organizado funciona como uma “ideologia” que atrai jovens. “É só procurar: tem música, tem filme, tem estilo de moda, estilo de vida, o que atrai cada vez mais jovens”, disse, citando fatores culturais que supostamente fortalecem a presença das facções nas comunidades.
Cláudio Castro (PL-RJ), anunciou a criação de um consórcio de estados focado na área de segurança pública. Ele também afirmou que “desafiaria” qualquer pessoa a portar um fuzil em cidades como Paris, Londres, Barcelona ou Nova York e permanecer viva por mais de 20 ou 30 segundos, afirmando que, nesses locais, quem carrega armamento semelhante é considerado terrorista.
A operação, segundo o governo estadual, deixou 117 suspeitos mortos, sendo 54 encontrados no dia da ação e outros 63 localizados por moradores em uma área de mata do Complexo da Penha no dia seguinte.
Além disso, 113 pessoas foram presas, 118 armas apreendidas — incluindo 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver —, 14 artefatos explosivos e uma quantidade ainda em contagem de drogas.