Cadillac na Fórmula 1: McLaren vê valor agregado e não teme concorrência

A estreia da Cadillac como 11ª equipe da Fórmula 1 em 2026 trará benefícios financeiros e maior engajamento dos fãs, sem comprometer os recursos das escuderias já estabelecidas.

A avaliação é de Zak Brown, CEO da McLaren, que atualmente domina o campeonato e venceu o Mundial de Construtores em 2024.

A equipe apoiada pela General Motors já iniciou a montagem de sua estrutura na Europa, em Silverstone, local estratégico por sua proximidade com fábricas rivais, o que facilitou a contratação de profissionais de outras equipes. A nova escuderia também já está disputando espaço no mercado de patrocínios.

Ainda assim, Brown não vê a Cadillac como uma ameaça. “Acho que, em termos de funcionários, eles vão levar mais do que oferecer, o que é compreensível”, disse o dirigente durante o GP da Hungria. “Se alguém prefere trabalhar para outra equipe, a falha é minha”.

Quanto ao impacto comercial, Brown acredita que a entrada da montadora norte-americana trará novas oportunidades. “Eles devem trazer mais patrocinadores novos do que tirar os que já existem”, afirmou.

Além de fortalecer a presença americana na Fórmula 1 — que já conta com três etapas nos Estados Unidos e uma audiência crescente no país —, Brown espera que a Cadillac traga competitividade à categoria. “Eles vão investir no esporte, seus patrocinadores também, e os times recebem uma porcentagem disso. Vejo a Cadillac como um acréscimo de valor para a Fórmula 1”.

A aprovação oficial da entrada da Cadillac aconteceu em março, após um longo processo de 764 dias e resistência inicial por parte da F1 e das dez equipes atuais, que temiam a diluição das receitas.

A nova equipe também conta com o apoio da TWG Global, empresa liderada por Mark Walter, bilionário com fortuna estimada em US$ 12,5 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

Em julho, a Cadillac informou já ter preenchido dois terços da meta de 600 funcionários prevista para o início da temporada 2026 — número que já supera o de algumas equipes atuais.

(Reportagem de Alan Baldwin, edição de Christian Radnedge)

FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *