Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência das sequelas de um AVC hemorrágico sofrido em março de 2017.
Pouco mais de um ano antes do falecimento, foi lançada a biografia “O Sambista Perfeito”, escrita pelo jornalista Marcos Salles, que revela aspectos até então pouco conhecidos da vida do sambista, incluindo sua batalha contra o vício em cocaína.
Pouco mai, foi lançada a biografia “O Sambista Perfeito”, escrita pelo jornalista Marcos Salles, que revela aspectos até então pouco conhecidos da vida do sambista, incluindo sua batalha contra o vício em cocaína.
A obra, com 462 páginas, traz depoimentos do próprio Arlindo, concedidos antes do AVC, e de cerca de 120 pessoas próximas a ele, entre amigos, familiares e grandes nomes da música brasileira, como Maria Bethânia, Zeca Pagodinho e Regina Casé.
Um capítulo especial é dedicado à luta contra o vício em drogas. Arlindo enfrentou a dependência de cocaína desde os anos 1980, época em que a droga se disseminou no meio artístico.
Apesar das tentativas de internação e esforços para se recuperar, ele teve episódios de recaída ao longo da carreira. Próximo ao AVC, o filho Arlindinho contou que o pai estava praticamente livre do uso da substância.
Além da questão do vício, a biografia revela detalhes da vida intensa e turbulenta do sambista, incluindo conflitos familiares, crises no casamento com Babi Cruz e um filho fora do casamento. Também expõe um passado familiar pesado: o pai de Arlindo foi policial integrante do temido Esquadrão da Morte e passou 19 anos preso, contexto que influenciou a vida do cantor.
No livro, Marcos Salles destaca a generosidade e a fidelidade do sambista à sua religião, o candomblé, e o respeito por todas as crenças.
Morte de Arlindo Cruz
A informação do falecimento foi confirmada pela CNN nesta sexta-feira (8). Arlindo Cruz estava com a saúde debilitada e nos últimos dias recebia cuidados da equipe médica e da família. O sambista também lidava com as sequelas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico desde 2017.
Além disso, ele era portador de uma doença autoimune, era traqueostomizado e tinha gastrostomia (GTT), ou seja, usa uma sonda alimentar.
Ao longo de sua carreira, o músico foi acompanhado tanto por sua esposa, Babi Cruz, como também por seus filhos, Flora e Arlindinho. Juntos há 35 anos, Arlindo e Babi ficaram noivos em 1986, e estão juntos desde então.
Arlindo tem entre os principais destaques na carreira, participação no grupo Fundo de Quintal, atuação em samba-enredo da escola Império Serrano e atuações em programas de televisão.
Entre os sucessos estão músicas como “O Show Tem Que Continuar”, “Saudade Louca”, “Meu Lugar”, “O Que É o Amor”, entre outros.